Espaços: Esplanada (textos académicos); Chás&Aromas (recomendação de obras - livros, quadros, músicas, fotos, filmes); Café&Chocolate (Opiniões sobre leituras); Varndas&Janelas (recomendação de sites e revista de imprensa); Ementas (notícias de actividades relacionadas com o Clube de Leitura) Escreva-nos para clubedeleitura@mail.pt

sábado, dezembro 27, 2003

Chás&Aromas
A poesia na rua.

Na noite de 22 de Dezembro, Daniel Gonçalves apresentou «um lugar onde supor o silêncio» na sua terra, Santo Tirso, com antigos colegas de liceu e da faculdade, vindos de todo o lado, de Londres a Timor, das ilhas aos lugares do continente. A Drª Julia Serra apresentou a obra, num belíssimo trabalho de interpretação, envolvendo os seus alunos do liceu, da turma de desporto, na leitura dos textos. Uma sessão magnífica com lugar para risos e lágrimas, um momento de poesia genuína e partilhada. Por algum tempo parecia mesmo que a poesia estava na rua, por algum tempo foi possível acreditar uma vez mais. Como disse o Daniel durante a sessão sobre os professores que o incentivaram à escrita: «foram capazes de me mostrar as coisas bonitas. É preciso mostrar as coisas bonitas». Neste pensamento, simples só na aparência, reside o que julgo ser a semente do que virá: a urgência da beleza e das coisas que ela constrói em nós, para partilharmos.



Chás&Aromas
Dar de comer à alma...

Este Natal ofereci a mim mesmo o livro «A Cozinha Francesa de Joanne Harris». É um interessante trabalho que, como informa a editora, é «fruto da colaboração entre uma escritora que adora comida (Joanne Harris) e uma ex-chef (Fran Warde) que adora escrever sobre comida». Esta obra contém duas raridades: o texto e a imagem. É um livro de culinária cujas fotos exprimem o que mais belo e íntimo consigo sentir pela pátria francesa, sendo que os textos conseguem exprimir histórias e ambiências que dão sentido ao que comemos, acrescentando aos pratos e a nós próprios sensações e desejos que fazem de uma refeição um momento especialíssimo.
Esta noite preparei, como entrada, uns cogumelos imbach e a cozinha ficou com um aroma estranhamente fascinante, por não ser habitual, por não ser dali, por me levar a ouvir «les feuilles mortes» de Yves Montand enquanto jantámos, por fazer apetecer um praliné e um bourbon com o café, enfim por trazer ao nosso rosto uma expressão muito próxima da que fizemos em 95 no nosso primeiro jantar a dois em Monmartre.
A comida está para lá da nossa necessidade de sobreviver, está onde continuamos narrativas, onde matamos saudades, onde somos diferentes, onde acabamos outros, está no agarrar dos segundos que não negámos às emoções, por só termos este tempo, por ser isto que levamos da vida, como diz o povo que já não existe.

Pompeu Miguel Martins

quinta-feira, dezembro 18, 2003

Ementas
Em Janeiro nova sessão do Clube de Leitura

A primeira sessão de 2004 do Clube de Leitura da ESEF está marcada para inícios de Janeiro, em formato renovado. Como habitualmente o encontro realizar-se-á na Casa Municipal de Cultura e contará com a colaboração de alunos e docentes da ESEF e de convidados exteriores à instituição.
Em breve anunciaremos aqui no Blog o programa detalhado da sessão e a data de realização.

quarta-feira, dezembro 17, 2003

Chás & Aromas
Exposição de Francis Bacon

O jornal espanhol ABC notícia na sua página de cultura a mais recente mostra da obra de Francis Bacon:«Son cuarenta y cinco piezas que muestran al Francis Bacon más contradictorio y ambivalente en su obsesiva interpretación de los símbolos de la fe cristiana desde su más profundo ateismo. «Francis Bacon. Lo sagrado y lo profano» es el título de la exposición inaugurada ayer en el Instituto Valenciano de Arte Moderno (IVAM), en la que el padre del expresionismo inglés «explora en las contradicciones más profundas de la existencia humana y pone al descubierto los instintos más altos y más bajos del hombre».

Café&Chocolate
Esta manhã, à porta da «Casa de Al'Isse»

Andei, nos últimos tempos, a ler e a reler o novo livro de Carlos Vaz «A Casa de Al' isse» a publicar em breve pela Labirinto. Como seria de esperar, é uma obra de grande fôlego e com uma riqueza ao nível do trabalho da linguagem e da imagética notáveis.
Vou escrever sobre esta Casa aos poucos. Hoje prendo-me à noção de «novelo textual», termo utilizado pelo autor no primeiro capítulo.
A contemporaneidade da escrita de Carlos Vaz poder-nos-ia levar a pensar que entraremos num texto onde não são preditos, nem traçados caminhos que entreguem ao leitor um sentido da história. Não será tanto assim, ou apenas isso, há, antes de mais, o apelo ao sentido de si mesmo, e dentro deste uma imensa porta onde o novelo se desenrola, não pelos lugares e pelas formas mais clássicas, mas por um exercício de constantes metamorfoses da escrita e do fantasma que é o leitor.
Há um caminho mutável e provocatório na forma como nos é negada a busca de sentido no texto por si só, mas que nos remete firme e comprometidamente para a maleabilidade da apropriação fantasmagórica de quem lê. Atrevo-me a pensar e a chamar o Senhor Fernando Pessoa à conversa, através do «sentir ,sinta quem lê», para que eu me permita usar de outro modo, aplicado a esta literatura, dizendo: caminhar, caminhe quem lê, transformar, transforme quem lê, optar, opte quem lê. Pronto. Aí está a questão do novelo textual, os significados a construírem ou desconstruírem realidades onde a missão do leitor é torná-los seus ou tronar-se eles.
«Catarina ofereceu-me a flor onde ato o fio do novelo textual que nasce(...)» Um texto destes, diário, sentido, permite-me questionar muito e por isso fiquei a curioso para saber se Catarina ficaria com a flor agarrada ao olhar, próxima das mãos que ofereceram numa espécie de cais de partida onde a beleza despoletou a beleza e por isso se entrega a flor à consequente, fatal ou inevitável abertura de portas para um país fantástico onde o novelo textual corre livremente, mas com uma origem na memória mais clara. Essa flor é um jasmim de cinco pétalas de onde nascerá a personagem Alo. Mas, qual será o papel de Catarina no novelo textual? Porque fará o autor referência à poesia trovadoresca de busca do amado nas flores do verde ramo em jeito analógico? Será a personagem Catarina com quem o livro começa, a génese e ao mesmo tempo o acto onde a profundidade do gesto libertador e belo ganham abismo e referência? Pergunto porque «(...)Debaixo dessa língua pousa uma flor textual, é Jasmim que servirá de barco para com ele atravessarmos o rio que separa a linha de palavras de cima e a de baixo(...)».
Pompeu Miguel Martins

 
- - - RSS PS RSS Partido Socialista http://www.ps.pt Sat, 15 Mar 2008 20:18:47 +0100 FeedCreator 1.7.2 - http://www.ps.pt/images/M_images/rss_ps.png Partido Socialista http://www.ps.pt RSS Partido Socialista - 57 mil grávidas já recebem abono pré-natal http://www.ps.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=273&Itemid=27 Um total de 57 505 grávidas e mais de 225 mil crianças já estão a receber uma ajuda média mensal... Notícias - Notícias Fri, 14 Mar 2008 17:52:04 +0100 - Tempo de Antena "Três anos de Governo com resultados" http://www.ps.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=265&Itemid=27 O Partido Socialista transmite hoje, dia 12 (Quarta-feira), às 19.45h, na RTP1, o seu Tempo de Antena Três anos... Notícias - Notícias Wed, 12 Mar 2008 14:39:12 +0100 - Governo assinala Dia do Consumidor reforçando direitos dos consumidores http://www.ps.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=269&Itemid=27 O Conselho de Ministros aprovou, na reunião de ontem, dois diplomas que pretendem reforçar os direitos dos consumidores na compra... Notícias - Notícias Thu, 13 Mar 2008 17:18:39 +0100 - Vitalino Canas faz balanço de três anos do Governo Socialista http://www.ps.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=268&Itemid=27 O porta-voz do PS, Vitalino Canas, afirmou esta terça-feira que todos os objectivos a que o PS e o... Notícias - Notícias Wed, 12 Mar 2008 17:39:11 +0100 - Sócrates faz balanço de três anos do seu Governo http://www.ps.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=264&Itemid=27 O primeiro-ministro, José Sócartes, afirmou ontem que os três primeiros anos do seu Governo foram “muito difíceis” e “duros”, marcados... Notícias - Notícias Tue, 11 Mar 2008 16:39:27 +0100